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Rio Ônibus contabiliza 21 mil demitidos desde 2015

Com o fechamento de empresas por falta de governança pública no setor de Transportes, milhares de rodoviários perdem empregos e população é prejudicada

 

Levantamento do Rio Ônibus contabiliza que ao longo dos últimos seis anos, 21 mil rodoviários ficaram desempregados na cidade. Este é o triste cenário da crise financeira que o setor de transportes por ônibus atravessa desde 2015, intensificado desde o início da pandemia, quando as empresas foram obrigadas a dispensar mais de seis mil colaboradores por falta de recursos para pagamentos de salários e custeio da operação.  No mesmo período, 16 empresas fecharam as portas por conta do desequilíbrio econômico financeiro do setor, que não conta com qualquer auxílio do Poder Público ante a queda no número de passageiros pagantes.

Atualmente o setor conta com 19.000 funcionários, menos da metade do que tinha em 2015. De acordo com o Sindicato das Empresas de Ônibus de Janeiro, este número deverá aumentar, caso o poder concedente não apresente soluções para as deficiências nas regras de custeio da operação e manutenção do transporte público rodoviário.

– A cidade passa por um grande problema estrutural e sistêmico, que tende a levar outras empresas a fecharem as portas. Com isso, passageiros ficam sem ônibus e mais rodoviários sem emprego a cada ano. O setor pede ajuda sistematicamente ao Poder Público e alerta a sociedade sobre suas necessidades e deficiências. Sofremos os impactos da mesma forma que toda a economia, mas sem nenhuma compreensão ou ajuda dos governos – resume Paulo Valente, porta-voz do Rio Ônibus, que afirma ser o momento de dar vida ao debate amplo sobre a reorganização do transporte público, envolvendo sociedade civil, Ministério Público, especialistas, Judiciário e integrantes dos poderes Executivo e Legislativo municipais.

A atual realidade é resultado de diversos fatores, que, juntos, geram total desequilíbrio ao planejamento da mobilidade urbana carioca. Há muitos item a serem levados em conta, como a falta de auxílios emergenciais do governo desde o início da pandemia; o aumento sem controle e sem fiscalização das vans que fazem o transporte clandestino e dos veículos de aplicativos sem regulamentação; além da queda na receita das empresas de ônibus em pelo menos 50%; que se somam a questões crônicas, dentre as quais o não ressarcimento pelas gratuidades (20% do total de pessoas transportadas); o congelamento há quase 30 meses da tarifa em R$4,05 (uma das mais baratas do país); as péssimas condições viárias e mobiliário urbano degradado; bem como a falta de investimentos em segurança pública, que resulta em vandalismo, incêndios, paralisações e sequestros de veículos por criminosos em diferentes pontos da cidade.

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