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Vandalismo: as consequências alarmantes dos atos criminosos praticados contra os ônibus da cidade

É com grande preocupação que observamos a intensificação dos atos de vandalismo contra o setor de transporte por ônibus da cidade do Rio de Janeiro nos últimos anos. Os números são alarmantes: somente nos últimos 12 meses, cerca de 2,8 mil ônibus foram depredados e 28 incendiados. Na prática, o prejuízo atribuído aos consórcios ultrapassa a marca de R$46 milhões, quantia que poderia ter sido investida na compra de 55 veículos zero quilômetro para atender os usuários.
O cenário se torna ainda mais crítico quando constatamos que os danos causados ao sistema não se limitam ao impacto econômico financeiro. Durante o mesmo período, 145 ônibus foram interceptados para serem utilizados como barricadas criminosas em comunidades. Casos praticamente diários, que afetam diretamente a mobilidade urbana carioca, trazendo efeitos significativos no deslocamento de milhares de pessoas e na saúde mental dos motoristas que estão sujeitos a tais situações.

É nosso dever engajar e conscientizar a população carioca de que o maior infortúnio é do usuário. A campanha “Quem é cria não vacila”, então, chega aos terminais e ônibus da cidade para corroborar com a nossa intenção de atuar diretamente por um transporte público mais eficaz e seguro. Afinal, a livre locomoção é direito constitucional previsto no Art. 5º, XV.

Às autoridades de segurança pública do Estado, fica a incumbência de propor políticas públicas efetivas, que não fiquem apenas no papel ou no plenário, mas que estejam nas ruas, possibilitando a todos o exercício pleno de sua cidadania. Essa luta é de todos e unir os esforços entre prestadores de serviço, autoridades competentes e população é o primeiro passo para um futuro mais proveitoso. Na segunda capital com maior número de habitantes do país, não há mais espaço para crimes anunciados. É tempo de dar um basta.

*João Gouveia é presidente do Rio Ônibus

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